Folha de S. Paulo


Cooperativa prevê faturar até R$ 150 milhões a mais com alta do dólar

Maior cooperativa agrícola do Brasil e uma das principais exportadoras do país, a Coamo, de Campo Mourão (PR), estima faturar até R$ 150 milhões a mais neste ano com a alta do dólar, ou cerca de 2% de suas receitas anuais.

A empresa deve embarcar 3,5 milhões de toneladas de produtos em 2013, 25% a mais que no ano passado. Serão exportados sobretudo soja e milho, entre grãos, farelo e óleo. O carro-chefe é a soja.

Apesar de a maior parte da safra de soja deste ano já ter sido vendida, 25% da produção ainda será comercializada. Além de estar com preço mais favorável do que no início do ano, vai render mais com o dólar mais alto. Por causa disso, os agricultores têm segurado o produto nos armazéns, à espera de melhor cotação.

"O pessoal começou a esperar, a vender a safra mais devagar. É um jogo", diz o presidente da cooperativa, Aroldo Gallassini.

Para o executivo, haverá impactos negativos da alta do dólar, como o aumento do preço dos fertilizantes, que são importados, e do combustível. Contudo, Gallassini vê um saldo positivo para uma grande exportadora como a Coamo. "Para nós, é sempre melhor o dólar alto."

A empresa ainda tem uma vantagem: comprou a maior parte dos fertilizantes para a próxima safra no final de junho. Considerando a cotação atual, economizou cerca de US$ 180 milhões.


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