Folha de S. Paulo


Bolsa brasileira segue mercados americanos e sobe; dólar sobe para R$ 2,26

Apesar de ter começado o dia em queda, o Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa brasileira, registrava alta de 1,08% às 15h40 (horário de Brasília) desta quinta-feira (25), a 48.900 pontos, na contramão dos mercados internacionais, que caem.

"Mais uma vez nossa Bolsa sobe mais que os mercados nos EUA sem motivo. Os investidores podem estar aproveitando para comprar ações baratas", diz Elad Revi, analista-chefe da Spinelli Corretora. "Temos que destacar, porém, que o ganho do Ibovespa hoje é puxado pelo bom desempenho de ações com grande peso no índice, como Petrobras. Além disso, a Bolsa brasileira está desafada em relação aos pares internacionais", completa.

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Segundo Revi, os poucos indicadores econômicos da agenda brasileira e americana hoje não influenciam os mercados de ações hoje, que seguem mais pautados no desempenho das empresas em meio a temporada de divulgação de resultados.

Nos EUA, o número de americanos que solicitaram novos pedidos de auxílio-desemprego subiu levemente na semana passada, em um sinal de que o mercado de trabalho do país continua a melhorar em um ritmo moderado. Já as novas encomendas de bens duráveis aumentaram em junho, oferecendo sinais de uma aceleração da atividade econômica.

Por aqui, o mercado avalia a notícia de que São Paulo registrou deflação de 0,16% na terceira quadrissemana de julho, ante inflação de 0,01% na segunda quadrissemana do mês, segundo dados do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

Às 15h34, as ações do grupo EBX, de Eike Batista, lideravam as altas do Ibovespa, com MMX (mineração) subindo 7,95% e OGX (petróleo) avançando 5,56%.

Também ajudava a impulsionar o Ibovespa para cima a alta de 1,83% das ações mais negociadas da Petrobras --que representam mais de 8% do índice-- para R$ 16,69.

Em sentido oposto, as ações da BR Properties lideravam as perdas do Ibovespa às 15h36, com baixa de 1,73% para R$ 19,26.

DÓLAR

Às 15h37, o dólar à vista --referência para as negociações no mercado financeiro-- tinha valorização de 0,52% em relação ao real, cotado em R$ 2,261 na venda, No mesmo horário, o dólar comercial --utilizado no comércio exterior-- caía 0,4%, também para R$ 2,259.

O Banco Central promoveu pela manhã um leilão de swap cambial tradicional, que equivale a venda de dólares no mercado futuro. Foram vendidos todos os 20 mil contratos oferecidos, com vencimento em 2 de janeiro de 2014, por US$ 993 milhões.

Essa foi a terceira operação desse tipo realizada pelo BC no câmbio nesta semana. Ao todo, a autoridade injetou US$ 2,980 bilhões no mercado neste período.

Um novo leilão de swap cambial tradicional será realizado pela autoridade monetária nacional amanhã, entre 10h30 e 10h40. Serão oferecidos mais 20 mil contratos com vencimento em 2 de janeiro de 2014.


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