Folha de S. Paulo


Encomenda de bens duráveis e pedidos de auxílio-desemprego sobem nos EUA

Uma medida dos gastos empresariais nos Estados Unidos cresceu pelo terceiro mês consecutivo em junho, dando sinal de esperança de aceleração do crescimento econômico na segunda metade do ano.

Outro dado divulgado nesta quinta-feira mostrou que os pedidos de auxílio-desemprego registraram leve alta na semana passada, mas a tendência apontou para crescimentos contínuos nas vagas de emprego.

O Departamento do Comércio informou nesta quinta-feira que as encomendas de bens de capital excluindo aviões, uma medida bastante observada para os planos de gastos empresariais, aumentou 0,7% após alta de 2,2% em maio segundo dados revisados.

As encomendas de bens duráveis saltaram 4,2%, pela melhora na demanda por bens que vão de aviões a maquinários. As encomendas por esses bens subiram 5,2% em maio, de acordo com números revisados.

Economistas consultados pela agência de notícias Reuters esperavam que as encomendas de bens duráveis subiriam apenas 1,3%, após alta de 3,7% divulgada inicialmente para o mês anterior.

Os ganhos das chamadas encomendas de bens de capital e duráveis foram consistentes com outro dado industrial que sugeriu que a atividade fabril está se recuperando depois de sofrer uma pequena correção no começo do ano.

A alta reforça expectativas de uma aceleração no crescimento econômico na segunda metade do ano.

"Há um impulso sugerindo que o setor industrial continua a sustentar e contribuir com o crescimento econômico no segundo trimestre e no começo do terceiro", afirmou o economista-sênior da Wells Fargo Securities, Sam Bullard.

O Departamento do Trabalho informou que pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram em 7.000, para 343 mil segundo dados ajustados sazonalmente na semana passada.

Pedidos tendem a ser voláteis nesta época do ano porque empresas de montagem de veículos geralmente fecham para manutenção.

Ainda, a média móvel de quatro semanas de novos pedidos, que diminui a volatilidade semana a semana, caiu em 1.250 ante a semana anterior, registrando níveis consistentes com a melhora das condições do mercado de trabalho.

Economistas consultados pela Reuters esperavam que os pedidos de auxílio-desemprego na semana passada subissem para 340 mil. Os pedidos da semana anterior foram revisados para mostrar 2.000 a mais do que inicialmente reportado.

Os mercados financeiros dos Estados Unidos foram pouco influenciados pelos dados.


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