Folha de S. Paulo


Conselho do BC do Japão diverge de medidas para acalmar mercado

Membros do banco central do Japão divergiram sobre a adoção de novas medidas para acalmar os mercados de títulos em junho.

Alguns deles acreditam que isso daria aos investidores a impressão de que o BC estaria reagindo de forma exagerada a variações de curto prazo, segundo a ata da reunião de junho.

Embora os mercados tenham se acalmado desde então, o desacordo destaca uma diferença nas posturas dentro do conselho, formado por nove membros, sobre a rapidez para responder à volatilidade, como a alta nas taxas de retorno de títulos e um rápido recuo nos preços das ações que o Japão vivenciou no final de maio e início de junho.

Na reunião de política de junho, o BC discutiu, mas não colocou para votação formal, a ideia de ampliar a duração máxima de fundos baratos, atualmente de um ano.

Alguns membros do conselho do BC argumentaram que tais operações "podem ser bastante efetivas em reprimir flutuações excessivas da taxa de juros", de acordo com a ata divulgada nesta quarta-feira (17).

Mas outros se opuseram a isso por temores de que a medida possa ser mal interpretada pelos mercados com um sinal de mudança na estrutura de política do BC, em vez de um pequeno ajuste em suas operações de mercado.

O conselho concluiu que operações flexíveis sob a atual estrutura seriam suficientes para estabilizar as taxas de juros.

"A maioria dos membros compartilhou o reconhecimento de que, dado o fato de que a economia do Japão está em um caminho estável na direção da recuperação, os mercados financeiros japoneses, que mostraram movimentos voláteis recentemente, devem reconquistar gradualmente a estabilidade", trouxe a ata.

Na reunião de junho, o BC deixou inalterada a política monetária como esperado, mantendo sua promessa de expandir a oferta de dinheiro a um ritmo anual de 60 trilhões a 70 trilhões de ienes (US$ 604 bilhões a US$ 705 bilhões) para alcançar inflação de 2% em dois anos.


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