O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, afirmou nesta quinta-feira (4) que o governo não precisará socorrer as companhias do empresário Eike Batista, que vivem uma crise de confiança no mercado financeiro.
"Não precisa [de socorro do governo]. Ele tem ativos muito valiosos", afirmou ao ser questionado por jornalistas sobre a possibilidade de ajuda antes de participar de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado.
Eike põe mineradora e termelétrica à venda para pagar dívidas
Pimentel se reuniu com o presidente do Senado, Renan Calheiros, por cerca de meia hora antes de se dirigir à audiência
Os representantes de Eike Batista estão correndo os bancos na tentativa de renegociar as dívidas de curto prazo do grupo EBX, que chegam a R$ 7,9 bilhões, conforme levantamento feito pela Folha com dados dos balanços das empresas do primeiro trimestre.
As operações contratadas pelo grupo junto ao BNDES somam R$ 10,4 bilhões.
Nesta quinta, Eike renunciou ao cargo de presidente do conselho da empresa de energia MPX. Sua saída foi o primeiro passo do plano de uma reestruturação em curso para o grupo.
A estratégia é vender ativos e, com esses recursos, pagar os maiores credores: Itaú, Bradesco e o fundo árabe Mubadala.