A gigante sueca Ikea, conhecida pelos baixos preços e pelo design moderno e funcional de seus produtos, decidiu se aventurar em um território praticamente ignorado até então pelas fabricantes de móveis: os campos de refugiados.
Em parceria com a Agência de Refugiados da ONU (Organização das Nações Unidas), a Ikea Foundation, fundação da companhia voltada para projetos de caridade, desenvolveu uma espécie de casa montável e modular que pode ser transportada em caixas compactas, como uma estante de livros da marca.
| R. Nuri/AFP | ||
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| Protótipo de casa da Ikea, que será testado na Etiópia; durabilidade é 6 vezes a de tendas |
Como os móveis da rede, os abrigos compostos de painéis resistentes, conectores canos e cabos podem ser montados pelo usuário.
São equipados com placas solares, que fornecem energia elétrica para os habitantes, e contam também com isolamento térmico, para refletirem o calor de dia e manterem-se aquecidos à noite.
A ideia é melhorar a qualidade de vida dos refugiados de longo prazo, que, segundo a Ikea Foundation, chegam a passar 12 anos vivendo em campos.
Estima-se que cerca de 3,5 milhões deles vivam em tendas que, sujeitas à chuva, sol e vento, duram apenas seis meses. Em contrapartida, a casa da Ikea é projetada para durar até três anos.
A empresa investiu cerca de US$ 4,5 milhões (R$ 10 milhões) no projeto, segundo o "The Wall Street Journal".
Os protótipos da casa montável estão sendo testados em um campo de refugiados na Etiópia, na África, onde serão avaliados por seus usuários.
Posteriormente, o abrigo poderá ser adaptado a novas sugestões e produzido em maior escala.