Folha de S. Paulo


Crescimento do PIB dos EUA no 1º tri é revisado de 2,4% para 1,8%

O crescimento econômico dos Estados Unidos foi mais fraco no primeiro trimestre de 2013 do que o estimado anteriormente, em meio a um ritmo moderado de gastos do consumidor, fracos investimentos empresariais e à queda das exportações.

O PIB (Produto Interno Bruto) do país se expandiu a uma taxa anualizada de 1,8%, informou o Departamento do Comércio dos EUA em sua estimativa final nesta quarta-feira (26).

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O dado foi revisado ante alta de 2,4% informada anteriormente, após avançar 0,4% no quarto trimestre de 2012.

Economistas consultados pela agência Reuters esperavam que o crescimento do PIB no primeiro trimestre ficasse inalterado em 2,4%.

Quando avaliada pelo lado da renda, a economia dos EUA cresceu a uma taxa de 2,5%, mais lenta que o ritmo de 5,5% do quarto trimestre.

FEDERAL RESERVE

Detalhes do relatório, que mostraram revisões para baixo em quase todas as categorias de crescimento, com exceção da construção de moradias e do governo, podem lançar uma sombra sobre a avaliação razoavelmente otimista da economia divulgada pelo Fed (Federal Reserve), banco central dos EUA, na semana passada.

Embora os dados se refiram a um período anterior, sua divulgação ocorre em meio ao endurecimento das condições do mercado financeiro, depois que o presidente do Fed, Ben Bernanke, disse na semana passada que o banco central norte-americano provavelmente vai reduzir o ritmo das compras de títulos neste ano e interromper o programa de estímulo à economia em 2014.

Economistas temem que isso possa enfraquecer o crescimento, que vem mostrando sinais de aceleração recentemente.

REVISÕES

Os gastos do consumidor, que representam mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, aumentaram em um ritmo de 2,6%, em vez da taxa de 3,4% informada anteriormente. Os gastos do consumidor subiram a uma taxa de 1,8% no quarto trimestre do ano passado.

As exportações, que o relatório anterior havia informado terem aumentado, na verdade se contraíram em um ritmo de 1,1% no primeiro trimestre, subtraindo 0,15 ponto percentual do crescimento do PIB. Isso provavelmente refletiu a desaceleração na economia global.

Os gastos empresariais quase não cresceram, com queda mais acentuada no investimento em estruturas não residenciais do que anteriormente reportado. A diminuição nos gastos com estruturas não residenciais foi a primeira em dois anos.


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