Integrante de uma família que possui usinas de cana-de-açúcar pelo país, Luis Gustavo Junqueira obteve autorização, em 2012, para administrar o aeroporto de São Joaquim da Barra, na região de Ribeirão Preto (interior de São Paulo).
Com a ajuda de investidores, ele destinou R$ 2 milhões para o empreendimento, cuja concessão é de 25 anos.
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Edson Silva/Folhapress |
O usineiro Luiz Gustavo Junqueira com o avião comprado no ano passado |
Asfaltou a pista, que era de terra, providenciou sinalização e alambrados, ampliou os hangares e está construindo um "lava-rápido" para aeronaves agrícolas.
A intenção é aplicar mais R$ 1 milhão até o fim de 2014. Sete empresas, todas ligadas ao agronegócio, têm aviões no aeroporto desde agosto. Em breve, será implantada uma escola de aviação.
"Decidi assumir a gestão ao saber que a prefeitura não tinha interesse em investir no aeroporto", diz.
Segundo Junqueira, melhorar a estrutura dos pequenos aeroportos é fundamental para o crescimento da aviação executiva.
Apaixonado por aviões, Junqueira, que também é piloto, comprou um turboélice no ano passado e diz que usa a aeronave principalmente para o trabalho. "Não é luxo, é necessidade. Você percorre grandes distâncias num único dia e ganha tempo."
A Secretaria de Aviação Civil informou, via assessoria, que estão previstos R$ 7,3 bilhões de investimentos em 270 aeroportos regionais.
"O governo está estimulando a participação empresarial por meio de concessões e autorizações, introduzindo assim, concorrência no sistema", diz a nota. (JOÃO ALBERTO PEDRINI)