Folha de S. Paulo


Bovespa contraria mau humor externo e sobe, puxada por Vale e Petrobras; dólar avança

Na contramão dos mercados internacionais, o principal índice de ações da Bolsa brasileira registra leve ganho nesta tarde de quarta-feira (3), puxado pelo bom desempenho dos papéis da Vale e da Petrobras, além da alta das ações do setor imobiliário.

Às 13h55 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha valorização de 0,55%, para 55.191 pontos. No mesmo horário, as ações mais negociadas de Petrobras e Vale subiam 0,96% e 2,63%, respectivamente.

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As ações da Gafisa estavam entre os maiores ganhos do Ibovespa às 13h55, com alta de 6,66%. O movimento reflete a notícia de que a empresa recebeu quatro propostas firmes pela Alphaville Urbanismo, um dos principais projetos da companhia, segundo fontes que falaram ao "Valor Econômico".

De acordo com o jornal, houve propostas que consideram R$ 1,85 bilhão como valor de referência por 100% da maior empresa de loteamento do país e outras que superaram R$ 2 bilhões.

Outras ações do setor também sobem forte no dia, como as da Rossi Residencial, que subiam 7,09% às 13h57.

AGENDA

O setor privado dos Estados Unidos abriu 158 mil postos de trabalho em março, ficando abaixo das expectativas dos economistas, mostrou o Relatório Nacional de Emprego da ADP nesta quarta-feira.

Ainda nos EUA, o ritmo de crescimento do vasto setor de serviços do país desacelerou em março a seu nível mais baixo em sete meses, à medida que as novas encomendas e as medidas de trabalho recuaram, mostrou o relatório do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês).

O ISM informou nesta terça-feira que seu índice do setor de serviços caiu para 54,4 em março, ante 56 em fevereiro, abaixo das previsões dos economistas de 55,8. Foi a leitura mais fraca desde agosto do ano passado. Uma leitura acima de 50 indica expansão do setor.

Na Europa, porém, a referência é positiva. A taxa de inflação na zona do euro ficou em 1,7% em março em comparação ao ano passado, um décimo a menos em relação a fevereiro, segundo dados do Escritório Europeu de Estatísticas (Eurostat).

O índice ficou abaixo da meta de 2% estabelecida pelo Banco Central Europeu (BCE) pelo terceiro mês seguido e pode dar margem a mudanças econômicas que contribuam para o crescimento dos 17 países da moeda única, fortemente afetados pela crise da dívida pública.

Por aqui, o mercado avaliou a notícia de que o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) de São Paulo encerrou março com queda de 0,17%, após avanço de 0,22% em fevereiro, informou a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) na manhã de hoje.

DÓLAR

Os indicadores negativos dos EUA aumentam a procura dos investidores por dólar nesta tarde, que é considerado uma aplicação mais segura em momentos de aversão ao risco.

Às 13h55, a cotação do dólar à vista, referência para as negociações no mercado financeiro, estava em R$ 2,025 na venda --alta de 0,08% em relação ao fechamento de ontem.

No mesmo horário, o dólar comercial, utilizado no comércio exterior, tinha avanço de 0,19%, para R$ 2,025 na venda.


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