Folha de S. Paulo


Boeing-787 pode voltar a voar após aprovação das autoridades dos EUA

O Boeing-787 Dreamliner pode voltar a voar comercialmente nas próximas semanas, após a FAA (Federal Aviation Administration, órgão que controla a aviação nos Estados Unidos) aprovar nesta terça (12) as atualizações das baterias do jato, propostas pela empresa.

Na prática, a medida dá sinal verde para os primeiros voos de teste.

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No mês passado, a Boeing apresentou à FAA uma nova versão das baterias de lítio do 787, com um novo sistema de isolamento de células, o que solucionaria os problemas recorrentes de superaquecimento.

Segundo fontes ouvidas pelo jornal "Financial Times", a Boeing quer voltar a operar o Dreamliner dentro de três ou quatro semanas.

Após seguidos incidentes nas baterias, todos os 50 modelos do jato no mundo estão em solo, proibidos de voar, desde o dia 16 de janeiro.

Segundo o secretário de Transportes dos EUA, Ray LaHood, as novas baterias ainda devem passar por um extenso programa de testes em aviões equipados com uma versão protótipo da correção. "A aprovação de hoje é um marco importante e bem-vindo para que a frota possa voar novamente."

Ainda não há previsão oficial sobre quando o Dreamliner voltará a voar com passageiros normalmente. Segundo o chefe da divisão de aviões comerciais da Boeing, Ray Conner, com o aval da FAA, a empresa espera um retorno "muito rápido".

APOSTA

Uma das grandes apostas da Boeing, o 787 Dreamliner foi concebido como "o comercial mais avançado do mundo" e apresentado em setembro de 2011, após mais de três anos de adiamentos que custaram milhões de dólares à empresa.

O modelo, que tem preço de tabela de R$ 207 milhões, foi lançado prometendo economia de 20% de combustível, graças ao uso de materiais compostos e fibra de carbono.

A Boeing vendeu cerca de 850 unidades do novo avião e 50 já foram entregues até agora. Cerca de metade destes estavam em operação no Japão. O restante está em poder de companhias aéreas de Índia, América do Sul, Polônia, Catar e Etiópia e Estados Unidos.

Editoria de Arte/Folhapress

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