O Ministério de Minas e Energia confirmou que irá convocar reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) na quarta-feira (9).
Conforme antecipado pela Folha, o encontro vai tratar sobre os baixos níveis dos reservatórios brasileiros, que, ao permanecerem abaixo do limite mínimo, podem causar racionamento.
Com as notícias sobre energia, as ações das companhias ligadas ao setor elétrica estão em queda. Por volta de 11h50, caíam Cemig PN (-6,11%), CPFL Energia ON (-4,09%), Cesp PNB (-3,25%), Energias do Brasil ON (-4,50%), Eletropaulo PN (-3,06%), Light ON (-3,03%) e Eletrobrás PNB (-1,43%). No horário, o Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa brasileira, tinha desvalorização de 1,05%, para 61.866 pontos. O volume financeiro era de R$ 1,334 bilhão.
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A reunião foi acertada entre Dilma, durante suas férias no Nordeste, e o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, que a presidirá. Balanço e propostas serão levadas diretamente à presidente.
Em nota, o MME informou que trata-se de uma reunião ordinária e não emergencial --o grupo se encontra uma vez por mês.
| Edson Silva/Folhapress | ||
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| Panorâmica do reservatório de Marimbondo, na divisa entre São Paulo e Minas Gerais, com nível abaixo do normal |
Estarão presentes representantes do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), da ANP (Agência Nacional do Petróleo), da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), da CCEE (Câmara de Compensação de Energia Elétrica), da ANA (Agência Nacional de Águas) e do Cepel (Centro de Pesquisa de Energia Elétrica).
Além desses membros, são convidados os dirigentes da Eletrobras e de Associações do Setor Elétrico.
Na avaliação do governo, os níveis dos reservatórios estão até 62% abaixo dos registrados no ano passado e a situação tem piorado por causa do intenso calor, sobretudo no Sudeste.
Com temperaturas que chegam a 40 graus em cidades como o Rio de Janeiro, o consumo de energia com ar condicionado, ventilador e refrigerador tem disparado.
Técnicos do setor acusam Dilma de estar centralizando as decisões e dizem que, se o racionamento não é uma certeza, também não pode ser simplesmente descartado. Um deles diz que o risco "está acima do prudencial".
Mesmo antes da reunião, já vinham sendo tomadas medidas extras para garantir a produção de energia, como a reativação da usina de Uruguaiana, parada desde 2009, e o acionamento a plena capacidade das usinas térmicas, muito mais caras do que as hidrelétricas.