Folha de S. Paulo


Octavia Spencer acredita no poder transformador de um livro

Chris Pizzello/Invision/AP
A atriz Octavia Spencer
A atriz Octavia Spencer

"A Cabana" tem imagens cheias de cor, horizontes plácidos, árvores floridas em profusão. Octavia Spencer acredita que não poderia ser de outra forma.

"Este é um filme sobre Deus, então é preciso mostrar sua obra. E o mundo é uma obra linda. Olhe só para isso!", diz a atriz, apontando para a praia de Copacabana diante da janela do quarto do hotel onde ficou hospedada no Brasil para lançar o filme.

"E as pessoas insistem em perguntar se estou gostando do Rio. Olha esse mar, esse céu! É impossível não amar um lugar desses!"

Octavia, 46, frequenta a igreja desde pequena, quando cantava em coros. Exposto seu perfil religioso, vem a pergunta: "A Cabana" é atraente para quem não é cristão?

"Sim, sem dúvida. É um filme sobre amor, dor, culpa, perdão, sentimentos que dão os caminhos da vida de todos, creia você nisso ou naquilo. Quem assiste pode se conectar a coisas que já aconteceram em sua vida, independentemente da forma como cada pessoa expressa sua fé."

A atriz leu o livro na década passada. Chegou a reler algumas vezes. Então não teve a menor hesitação ao ser convidada para o papel. Mas, admite, ficou nervosa.

"Como um ator pode se preparar para interpretar Deus? Cada pessoa tem sua visão do Criador, seria impossível agradar a todos. Mas o livro me ajudou muito."

A Cabana
William P. Young
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Ela destaca a dificuldade maior que um ator tem ao interpretar o personagem de um livro de sucesso. "Cada leitor já imaginou o personagem, até fisicamente. Principalmente num livro como esse, que pode realmente mudar a vida de uma pessoa.

Vencedora do Oscar de atriz coadjuvante em 2012, por "Histórias Cruzadas", ela diz que o prêmio não tem esse poder transformador. "Um Oscar não muda a vida de ninguém, não afeta nossa essência, nossos valores. O Oscar só faz você receber mais ofertas de trabalho, só isso."


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