Folha de S. Paulo


Sting retorna ao rock com temas políticos em novo álbum

O cantor britânico Sting anunciou nesta quinta-feira (21) que seu novo álbum, a ser lançado ainda este ano, será um retorno às suas raízes roqueiras. Nas canções, ele irá se referir à crise dos migrantes e às mudanças climáticas.

O álbum, que será lançado em 11 de novembro, será intitulado "57th & 9th", em alusão ao cruzamento por onde o artista passa diariamente para chegar ao estúdio.

Em entrevista à revista "Rolling Stone", o ex-líder do The Police disse que com este álbum quer voltar ao rock, após anos de um trabalho mais experimental. "É mais rock do que qualquer coisa que eu fiz em um longo tempo", disse.

Defensor dos direitos humanos e ativista pela Anistia Internacional e outras organizações, Sting antecipou que um dos temas incluídos no álbum, "Inshallah", irá explorar a questão da migração em massa para a Europa, e "One Fine Day" vai confrontar aqueles que negam a mudança climática.

"O maior condutor da migração será o clima. Milhões de pessoas vão tentar se abrigar em um lugar seguro", disse à Rolling Stone.

Ele também se referiu ao Brexit. "Eu ainda tenho um pouco de receio sobre a saída do Reino Unido da União Europeia sem uma boa razão. Pelo menos a UE tem um programa para combater a mudança climática", disse Sting.

Aos 64 anos, o roqueiro disse que o álbum também inclui uma balada obscura intitulada "50.000", que escreveu ao contemplar o que é a mortalidade, após a morte do ícone pop Prince.

O último álbum de Sting, "The Last Ship", lançado em 2013, acompanhou um musical homônimo da Broadway, baseado em suas memórias de infância.

O espetáculo foi um fracasso comercial e Sting começou a trabalhar no novo álbum durante o inesperado tempo livre que ele encontrou após essa decepção.

Sting realiza neste verão uma turnê pelos Estados Unidos ao lado de outro veterano, Peter Gabriel —um interpreta a canção do outro e vice-versa.

O artista já vendeu mais de 100 milhões de álbuns solo e com o The Police.


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