Folha de S. Paulo


Crítica

Com personagens chatos, é penoso assistir a 'A Escolha Perfeita 2'

No cinema americano, encontramos inúmeros filmes que são reprovados pela razão, mas não pela emoção, essa traiçoeira. "A Escolha Perfeita" (2012) é um deles.

A combinação música mais romance colegial compensa a dose abissal de clichês e a escatologia que parece obrigatória nas comédias de hoje.

É um mau filme que vemos com certo interesse até o fim.

Divulgação
Créditos: Divulgação Legenda: Cena do filme
Cena do filme "A Escolha Perfeita 2"

Em "A Escolha Perfeita 2", o desafio é percorrer o mesmo caminho sem danar a coisa toda. Infelizmente, podemos dizer que a continuação é ainda pior, e é penoso chegar ao desfecho da trama.

As Barden Bellas são agora tricampeãs do concurso anual de grupos vocais. Num show em homenagem a Barack Obama, acontece um acidente bobo, e a intimidade da gordinha fogosa Fat Amy (Rebel Wilson) fica exposta.

Então elas caem em desgraça. São suspensas do torneio, mas resolvem competir mundialmente, mesmo sabendo que nunca um grupo americano venceu na Europa. Ganhar o mundo significaria a redenção definitiva.

Aos problemas anteriores, somam-se os pessoais. A líder Beca (Anna Kendrick) pensa mais no futuro profissional do que no grupo vocal.

Mas o maior problema é do próprio filme. O mínimo encanto que tínhamos com essas doidas adoráveis se perdeu. Agora elas são apenas chatas ou tolas. E os pares românticos são mais chatos ainda.

Uma única escolha sábia foi tirar a escatologia. Tudo bem que aí perdemos a dose de loucura que tornava o primeiro filme uma divertida bobagem.

A ESCOLHA PERFEITA 2 (Pitch Perfect 2)

DIREÇÃO: ELIZABETH BANKS
ELENCO: ANNA KENDRICK, REBEL WILSON
PRODUÇÃO: EUA, 2014
QUANDO: EM CARTAZ
CLASSIFICAÇÃO: 12 ANOS


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