Folha de S. Paulo


Duran Duran mira nova geração em CD com Lindsay Lohan

Após lançamentos que não agradaram, como Red Carpet Massacre (que contou com colaborações de Justin Timberlake e Timbaland), e o ótimo All You Need is Now (2011), o quarteto retorna com um som uber pop em Paper Gods.

"É como estar casado com o seu irmão", diz o baixista John Taylor, 55. Já são, afinal, 34 anos de estrada no Duran Duran, banda pop das mais badaladas dos anos 1980.

A banda retorna com o 14° álbum de estúdio e nova gravadora. "Paper Gods", programado para setembro, marca a volta do grupo ao pop.

Brendan McDermid/Reuters
Roger Taylor, John Taylor, Simon Le Bon e Nick Rhodes, do Duran Duran
Roger Taylor, John Taylor, Simon Le Bon e Nick Rhodes, do Duran Duran

O álbum traz colaborações como a atriz Lindsay Lohan, a cantora Janelle Monáe, o produtor Nile Rodgers e o guitarrista do Red Hot Chili Peppers, John Frusciante.

Em Londres, a Folha encontra com John Taylor e o o tecladista Nick Rhodes, 53, para uma conversa sobre o novo trabalho e a fórmula de sucesso do Duran Duran.

Após lançamentos que não agradaram, como "Red Carpet Massacre", de 2007 (que contou com "pontinhas" de Justin Timberlake e Timbaland), e o ótimo "All You Need is Now" (2011), o quarteto volta "uberpop" em "Paper Gods". E de olho no mercado.

"Pensamos o Duran Duran atualmente como uma marca. É como produzir uma nova BMW para agradar a juventude", afirma Taylor.

"Foram dois anos nesse álbum, e o primeiro ano foi só experimentação", diz Taylor. "Estávamos tentando achar a atitude correta, pois atualmente fazemos um álbum a cada cinco anos", diz, comparando com o frenesi dos anos 1980.

O primeiro single, a excitante "Pressure Off", prova que a banda sabe absorver novos estilos. "Paper Gods" traz diferentes colaborações e produtores –Nile Rodges produziu clássicos como Notorious.

Mas de quem teria sido a ideia de trazer a atriz (e cantora) Lindsay Lohan? "Precisávamos de alguém para a voz de uma enfermeira em 'Dancephobia', e ela foi perfeita", disse. "Ela é para essa música o que a voz de Vincent Price foi para 'Thriller' [de Michael Jackson]. Uma participação sexy", diz Rhodes, sorrindo e olhando para Taylor. "Não diga a ela que falamos isso."

"É como uma família de ciganos", brincou Rhodes sobre a longevidade do Duran Duran. "Nós nos damos muito melhor hoje em dia", diz o músico, ostentando gloss nos lábios e a clássica franja loura.

O Duran Duran foi uma das bandas mais bem-sucedidas do pop britânico pós-Beatles –com clássicos como "Rio" e "Ordinary World". Apesar de projetos solos dos integrantes e períodos de pausa, Taylor e Rhodes afirmam que o grupo continua firme e forte. "Entre um projeto e outro, sempre voltamos com mais força", diz Taylor, que "pausou" sua participação na banda em duas oportunidades.

"Nós continuamos buscando aqueles momentos mágicos", acrescenta Rodhes sobre a era tecnológica que vive a indústria musical. "A maneira de fazer música é a mesma. "Nesse ponto o Duran Duran já cruzou três novas gerações", diz o músico cinquentão.

PAPER GODS
ARTISTA: DURAN DURAN
GRAVADORA: WARNER
QUANTO: US$ 14,88 (R$ 52,59)


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