Paraty e seus traços históricos foram a referência da estilista Giuliana Romanno na coleção que marca sua estreia na SPFW.
A silhueta fluida e os decotes profundos deram uma certa sensualidade sóbria aos looks, que eram desprovidos de estampas e tinham cores pasteis. Para não ficar sem graça, a estilista abusou das textura em jacquard, devorês e bordados, criando um aspecto tátil interessante. O trecê de seda, desenvolvido manualmente em moulage, dá um quê de sofisticação possível de ser alcançada no calor brasileiro.
Assim como já foi visto em outros desfiles da temporada, os comprimentos foram um tanto quanto extremos: ou a parte de baixo era super mini ou era abaixo do joelho. As joias criadas por Flavia Madeira incluíam colares de ouro fino e rígido usados por cima do cabelo. Já entre os acessórios se destacavam os sapatos com aplicação de acrílico no salto, fazendo um contraponto ao couro.
Para a consultora de estilo Fernanda Resende, a entrada de Giuliana Romanno no calendário de moda oficial é um respiro em tempos de consumismo desenfreado. "Acho que o mais importante no trabalho dela é o vínculo de identificação com a consumidora final. Não é uma roupa de modinha, é uma roupa que só faz sentido quando há identificação com o universo dela, assim como acontece com a roupa do Ronaldo Fraga, por exemplo", explica.
