Morreu no domingo (5), aos 73 anos, em São Paulo, Conrado Silva de Marco, considerado um dos precursores da música eletroacústica no Brasil.
O músico e engenheiro acústico sofreu uma parada cardíaca após uma cirurgia, realizada devido a complicações de uma metástase no fígado e no intestino.
Silva de Marco nasceu no Uruguai e mudou-se para o Brasil em 1969, para ser professor da Universidade de Brasília (UnB). Foi demitido durante o regime militar, mas voltou a lecionar na mesma universidade na década de 1990 até 2010, quando se aposentou.
De 1997 a 1999, foi vice-presidente da Associação Internacional de Computação e Música, que ajudou a criar.
Especialista em acústica de ambientes, música eletroacústica e música digital, entre suas obras de maior destaque estão "Brinquedos 1" (1972), "Cor Incurvatum" (1973) e "Ulisses" (1973).
Como engenheiro acústico, participou da restauração do Teatro Sodre e do Teatro Solis, em Montevidéu, Uruguai, além de colaborar com a engenharia acústica de projetos de Oscar Niemeyer em Brasília.
"Ele era um professor muito querido. Daquela primeira leva que o Darcy Ribeiro trouxe para o Brasil, para juntar a ciência e a arte", disse o professor Ivan Camargo, reitor da UnB.
"É uma grande perda para o ambiente musical", disse Ebnezer da Silva, professor do departamento de música e diretor da Casa da Cultura da América Latina da UnB.
O enterro será na terça (7), às 8h, no Cemitério São Pedro, em São Paulo.
Reprodução/Facebook/Conrado Silva |
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Conrado Silva de Marco em Inhotim, julho de 2011 |