Folha de S. Paulo


Ópera de Nova York fecha as portas e estuda pedir falência

A Ópera da Cidade de Nova York, criada há 70 anos como "A Ópera do Povo", anunciou nesta terça-feira (1º) que está fechando as portas e entrando com pedido preventivo de falência, depois de não ter conseguido arrecadar dinheiro suficiente para permanecer em atividade.

A companhia de ópera tinha divulgado um apelo regente de levantamento de fundos, dizendo precisar arrecadar US$ 7 milhões (R$ 15,5 milhões) até o fim de setembro para se manter de pé.

No entanto, só conseguiu obter US$ 2 milhões (R$ 4,4 milhões), informou uma porta-voz da Ópera.

"A Ópera da Cidade de Nova York não alcançou a meta de seu apelo emergencial e o conselho e a administração vão dar início aos necessários passos financeiros e operacionais para encerrar a companhia, incluindo a entrada no processo do Capítulo 11", afirmou em seu website.

Nesta temporada a companhia estava apresentando "Anna Nicole", uma ópera baseada na vida e morte de Anna Nicole Smith, uma stripper do Estado do Texas mais conhecida por ter-se casado com o magnata do petróleo J. Howard Marshall quando ele estava com 89 anos e ela, 26.

"A última apresentação foi no sábado", disse a porta-voz.

Fundada em 1943, foi batizada de "A Ópera do Povo" pelo prefeito de Nova York Fiorello La Guardia. Seu objetivo era promover compositores e intérpretes jovens, apresentar novos trabalhos e novas interpretações de clássicos e tornar a ópera acessível aos moradores da cidade.

De acordo com seu website, a companhia ajudou a lançar a carreira de estrelas como Reneé Fleming, Beverly Sills, Frederica von Stade e Placido Domingo.


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