Folha de S. Paulo


Coprodução franco-brasileira 'Amazônia - Planeta Verde' é bem recebida em Veneza

A coprodução franco-brasileira "Amazônia - Planeta Verde", o longa mais caro filmado inteiramente na Amazônia, passou no seu primeiro teste de fogo. Rodado em 3D ao custo de R$ 26 milhões, o filme foi recebido com aplausos na noite desta sexta-feira (6), no Festival de Veneza, em sua exibição para a imprensa e membros da indústria cinematográfica --neste sábado, ele encerra o evento após a cerimônia de premiação.

"Amazônia - Planeta Verde", sobre um macaquinho prego que precisa sobreviver na floresta após um desastre de avião, impressiona pela técnica adotada pela brasileira Gullane e a francesa Biloba. O 3D não apenas funciona na grande maioria das sequências --principalmente as aéreas-- como destaca o exotismo da Amazônia com classe e deslumbramento.

Divulgação
Cena do filme 'Amazônia - Planeta Verde', coprodução entre França e Brasil
Cena do filme 'Amazônia - Planeta Verde', coprodução entre França e Brasil

O macaco prego é um show a parte e deve ser uma das sensações das férias escolares em janeiro, possível data de lançamento do filme --que abre o Festival do Rio, no fim do mês. Apesar da tensão ser um pouco prejudicada pela limitação técnica de seu protagonista (como controlar um macaco interagindo com animais perigosos como uma onça e jacarés?), seu "carisma" é muito bem explorado, arrancando risadas nos momentos certos e "ohhhs" da plateia internacional.

Enquanto o roteiro é claramente dirigido para um público mais infantojuvenil, a estranheza das criaturas selvagens da Amazônia garante o desempenho e o ritmo do filme dirigido pelo francês Thierry Ragobert ("O Planeta Branco"). Da fofice de seus "atores" e estranheza de insetos quase extraterrestres, "Amazônia - Planeta Verde" é um filme família bem executado e, com o perdão do trocadilho, passa longe de pagar um mico.


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