Folha de S. Paulo


Primeiros exames confirmam que Pablo Neruda tinha câncer avançado

Os primeiros exames nos restos mortais do poeta Pablo Neruda (1904-1973) concluíram que o chileno sofria de um câncer de próstata avançado e metastático, segundo confirmaram fontes do processo nesta quinta-feira (2).

O relatório dos exames radiológicos e histológicos pelo Serviço Médico Legal do Chile foi entregue hoje ao juiz Mario Carroza, que instrui a causa para determinar o verdadeiro motivo da morte de Neruda.

Para esclarecer os fatos, os restos do poeta foram exumados no dia 8 de abril do túmulo em que jaziam desde 1992 com os de Matilde Urrutia, sua terceira mulher, ambas situadas frente ao mar de Ilha Negra, no litoral do Chile.

Neruda morreu doze dias após o golpe de Estado que colocou o general Augusto Pinochet no poder, em 11 de setembro de 1973.

Na ocasião, sua morte já havia sido atribuída a um câncer de próstata. Um assessor do poeta, porém, tem defendido que ele recebeu uma injeção letal por ordem de Pinochet.

O advogado Rodolfo Reyes, sobrinho de Neruda que participou da exumação de seu corpo junto com um grupo especialistas internacionais, disse a uma rádio local que os restos mortais de seu tio serão minuciosamente examinados.


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