O 15° Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens terminou ontem (16) no Rio, com a participação da escritora Thalita Rebouças. Ela é autora da série "Fala Sério", que mostra a rotina da adolescente Malu.
Os livros de Thalita Rebouças fazem grande sucesso entre adolescentes, mas muitas crianças também se interessam por suas histórias. No encontro com a escritora, muitas faziam fila para ganhar um autógrafo e tirar foto com Thalita. Entre as crianças na fila, Miguel Fernández, 12, e Maria Fernanda Soares, 11, estavam lendo seus primeiros livros da Thalita Rebouças.
"Eu escolhi o livro 'Ela Disse, Ele Disse'. Minha mãe disse que era legal", contou Miguel.
Já Júlia Torquato, 11, disse que tem todos os livros da autora. "Adoro a Thalita, ela vai explicando o que vai acontecer com os adolescentes", disse.
Em entrevista à "Folhinha", Thalita Rebouças falou sobre sua infância, seu próximo livro, que será voltado para o público infantil.
| Louise Soares/Folhapress | ||
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| Escritora Thalita Rebouças e Maria Fernanda, 11, no Salão do Livro do rio de Janeiro |
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Folhinha- No seu site, conta que você começou a escrever ainda criança. Como era a Thalita "fazedora de livros"?
Thalita Rebouças - Era uma menina que gostava de inventar e botava essas invencionices no papel. Eu desenhava, grampeava, fazia um livrinho e botava meu nome.
Seus livros fazem grande sucesso entre adolescentes, mas também são muito queridos por pré-adolescentes. Eles usam seus livros como um "manual" sobre a adolescência que está por vir?
Acho que, quando a gente é criança, quer ser mais velho. Quando temos 12 anos, queremos ter 15. Quando temos 15, queremos ter 18. Como a infância está cada vez mais curta, meninas de oito anos querem ler meus livros. Apesar de eles não serem feitos para pessoas dessa idade, me causa uma surpresa ver tanta gente dessa idade interessada.
Qual foi a coisa mais maluca que um leitor fez para você ou para te conhecer?
Recebo cartinhas de metros e metros. Tem gente que viaja oito horas no ônibus só para me ver. Ficar numa fila por quatro, cinco horas é uma loucura também. Fico muito lisonjeada, porque é para ficar só dois, três minutos comigo.
Você já "falou sério" com pai, mãe, amiga, amor, professor, filha. Falta falar sério com mais alguém?
Acho que não. Me pedem muito um "Fala Sério, Irmão". Mas, se eu fizer tudo o que me pedem, vou fazer "Fala sério Médico, Cachorrinho, Tudo". Por enquanto vou parar no "Fala Sério, Filha".
Neste ano, você vai lançar seu primeiro livro para crianças. Era uma vontade antiga escrever para esse público?
Vontade nenhuma. Na verdade é um livro que nasceu por conta da minha afilhada. Ela acabou de fazer oito anos e me disse que nenhum amigo dela acreditava que eu era escritora, porque ninguém lia o meu livro na biblioteca. Eu falei que o meu livro não era para idade deles, mas teve uma menina que continuou duvidando que eu fosse escritora. Então estou fazendo para minha afilhada se vingar desta amiga, esfregar o livro na cara da menina. Olha, que horror!
O título do livro é "Por Que as Princesas Sempre Vencem?". O que você acha do fascínio que as meninas tem pelas princesas de contos de fada? Você tem ou já teve uma princesa preferida quando criança?
Eu acho um saco. Não me lembro de ser fascinada por princesa, eu ignorava elas. Mas acho que com toda essa história de príncipe Harry, do príncipe William e da Kate Middleton, princesa começou a fazer parte do imaginário delas. Não só as da ficção, mas as reais.