Dois dias após revelar que foi pega em um exame antidoping durante o Aberto da Austrália, em janeiro, a tenista Maria Sharapova voltou a se pronunciar sobre o assunto por meio de sua conta no Facebook.
Nesta quarta (9), a russa agradeceu os fãs pelas mensagens de apoio e disse que quer continuar a sua carreira. Ela foi suspensa pela ITF (Federação Internacional de Tênis, na sigla em inglês) por prazo indeterminado.
"Em geral, eu amo as manhãs. Novo dia, novo começo. É justo dizer que esse dia não foi na média. Nada veio à mente às 6h, exceto que eu estou determinada a jogar tênis de novo e espero ter a chance de fazer isso. Eu gostaria de não ter que passar por isso, mas eu tenho —e eu vou.
Ela contou que leu mensagens de apoio enviadas por fãs e ficou orgulhosa: "Eu queria que vocês soubessem que suas maravilhosas palavras colocaram um sorriso no meu rosto. Suas mensagens me dão um grande incentivo. Essa mensagem não é nada mais do que dizer obrigado".
DOPING
A russa de 28 anos, atual sétima melhor tenista do planeta, testou positivo para Meldonium, uma substância utilizada por ela desde 2006 para tratar falta de magnésio e sinais de diabete.
Com livre uso na Rússia, mas não reconhecido pelas autoridades dos EUA, o Meldonium só entrou na lista de substâncias proibidas da Wada (Agência Mundial Antidoping) em janeiro deste ano. Segundo pesquisas, ele pode melhorar a performance e resistência de atletas.
Nesta terça (8), a Nike, a marca de relógios TAG Heuer e a montadora alemã Porsche anunciaram que não irão mais patrocinar a tenista.
Ex-líder do ranking (em 2005) e hoje sétima colocada, Sharapova venceu cinco vezes um torneio do Grand Slam (quatro mais importantes do tênis). Levou duas vezes Roland Garros (2012 e 2014 ), uma vez Wimbledon (2004, com 17 anos), um Aberto dos EUA (2006) e um Aberto da Austrália (2008).
Em 2015, a Revista Forbes a colocou como a esportista mais bem paga do mundo, com faturamento de US$ 29,2 milhões ao ano (R$ 110,8 milhões na cotação atual).