Logo após anunciar a demissão de Oswaldo de Oliveira, o presidente Paulo Nobre afirmou nesta terça-feira (9) que não pretende flexibilizar a política financeira do Palmeiras para contratar um novo técnico e elogiou muito o trabalho de Cuca, atualmente no chinês Shandong Luneng.
De acordo com o mandatário, o futuro treinador do time alviverde terá de se adaptar aos limites orçamentários do clube –teto salarial de R$ 400 mil mensais para o comandante da equipe.
"A gente precisa deixar muito claro. O Palmeiras não está nadando em dinheiro, apenas tem uma administração responsável que respeita seus limites. Qualquer técnico vai ter que entender a filosofia do clube. Vamos tentar trazer o melhor técnico possível. Mas vamos conversar com eles para ver se encaixam na realidade do clube", disse.
De acordo com o "Painel FC", é essa diferença financeira que afasta o clube de um acerto com Marcelo Oliveira, favorito do diretor-executivo Alexandre Mattos para a função.
O treinador bicampeão brasileiro com o Cruzeiro está desempregado, mas quer manter o salário de R$ 550 mil que recebia em Minas Gerais. Se ele aceitar a redução proposta pelo Palmeiras, deve ser o próximo comandante do time.
O plano B da diretoria é Cuca, que pretende deixar o clube chinês. Não à toa, ele recebeu fortes elogios de Nobre.
"Cuca foi jogador do Palmeiras por um longo tempo. O dia em que ele tiver a possibilidade de trabalhar com o Palmeiras será ótimo. O Cuca é inegavelmente um grande nome."
Sobre a demissão de Oswaldo, que assinou com o clube em dezembro e foi vice-campeão paulista, Nobre afirmou que foi uma decisão tomada "porque o trabalho estava se distanciando do objetivo".
"Troca do comando no futebol, na minha opinião, é uma coisa que deve ser evitada, mas essa diretoria se pauta pela ação e não pela omissão. Podemos errar agindo, não sendo omissos."
O Palmeiras venceu apenas um dos seis primeiros jogos que disputou no Brasileiro. Contra o Fluminense, no domingo (14), o time será dirigido interinamente por Alberto Valentim.