Folha de S. Paulo


'Foi uma grande covardia', diz Jefferson sobre críticas de diretor

Após a goleada de 5 a 0 sofrida para o Santos na Copa do Brasil, o goleiro Jefferson, do Botafogo, respondeu ao diretor de futebol do clube, Wilson Gottardo, que demonstrou insatisfação com a ausência do jogador na partida que decretou a eliminação do time carioca da competição.

"Acho que ele [Gottardo] teria que ter humildade de chegar e falar que conduziu [a situação] de forma errada. Foi uma grande covardia, porque em nenhum momento ele me disse que precisaria de mim no jogo. Não sei como vai ser a minha convivência com o Gottardo [de agora em diante]. Tem que prevalecer o respeito", disparou Jefferson.

Antes do jogo contra o Santos, Gottardo contou que o goleiro tomou a decisão de não participar do confronto. O dirigente disse ainda que o clube não concordou com a posição do goleiro.

Jefferson contou também ter pedido desculpas ao técnico Vagner Mancini pela ausência na concentração.

"Tive humildade de pedir desculpa ao Mancini e ao Botafogo porque não fui ao hotel. Respeito o Gottardo por tudo o que ele conquistou, mas para você ser dirigente tem que estar preparado. É muita responsabilidade", disse o goleiro.

Horas depois, foi a vez do dirigente do Botafogo fazer novas críticas ao goleiro. Em entrevista ao canal Fox Sports, Gottardo disse que Jefferson cometeu um erro disciplinar.

"É um ato de indiferença à programação de jogo. É uma indisciplina! Cheguei para o Jefferson, disse que ele seria avaliado pela comissão técnica e por um médico para saber se teria condição de jogo contra o Santos. Ele me disse que estava cansado e ia fazer um treino leve, regenerativo. Eu questionei: o Tardelli viajou menos que você e jogou 60 minutos, se eu não me engano. O Elias jogou, e o Gil ficou no banco".

O cartola disse também que não pretende pedir sanção disciplinar ao jogador.

"Não vou pedir. Qual seria a punição? Vou punir o Botafogo? Não estou discutindo a qualidade técnica, mas ele cometeu falha de caráter. De ele não querer trabalhar e estar me julgando. Eu não sou diretor, baba-ovo de atleta não", disse. "Não quero ser amigo do Jefferson, quero que ele seja profissional. O Jefferson não tem nenhum privilégio comigo, talvez por isto ele não se adapte comigo. Não sou de ficar bajulando. Sou um diretor que tem que julgar", completou.

Jefferson defendeu a Seleção Brasileira na vitória sobre o Japão, por 4 a 0, na terça-feira (14) e foi ausência na partida que aconteceu no Pacaembu, em São Paulo.

Rafael Ribeiro/Divulgação/CBF
O goleiro Jefferson durante treino da seleção brasileira
O goleiro Jefferson durante treino da seleção brasileira

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