A organização dos Jogos de Inverno de Sochi gastou cerca de US$ 50 bilhões (aproximadamente R$ 119 bilhões) para realizar a mais cara edição da história olímpica.
Tratado na Rússia como o momento triunfal do país no cenário internacional, os Jogos enfrentam problemas na véspera de sua abertura –a solenidade acontece hoje.
Operários ainda trabalham em obras e há lixo espalhado pelas ruas próximas ao Parque Olímpico, onde acontecem as principais disputas.
Uma conta foi criada no Twitter com o nome de Sochi Problems e reúne fotos e depoimentos de descontentes.
Jornalistas relatam problemas com acomodação e citam lâmpadas faltando, maçanetas que saem na mão, elevadores quebrados, falta de água e internet entre outros.
"Pagamos por três quartos em Sochi e saímos [com as chaves] para uma viagem de dois dias. Voltamos e encontramos os três quartos ocupados", escreveu Ivan Watson, jornalista da CNN.
Causou espanto também os banheiros públicos nos quais não há separação entre os vasos e outros em que o teto é todo espelhado.
Para "melhorar" a imagem da cidade, autoridades contrataram uma empresa para eliminar cerca de 2.000 cães que vagam nas ruas de Sochi.
Além do imenso canteiro de obras, a cidade também abriga 37 mil policiais –a população é de 350 mil.
Há uma grande preocupação com ações de grupos islâmicos das repúblicas do norte do Cáucaso, como o Daguestão e a Tchetchênia, que têm maioria muçulmana e abrigam grupos radicais com tendências separatistas.
No final do ano passado, a Rússia enfrentou uma onda de ataques terroristas, com 34 mortos em quatro dias.
O líder tchetcheno Doku Umarov, em vídeo de julho, instou insurgentes a fazerem atentados em Sochi e chamou os Jogos de "satânicos".
Todas as ligações telefônicas e conexões da internet serão vigiadas pelo FSB (Serviço Federal de Segurança), a agência que sucedeu a KGB.
AUSÊNCIAS ILUSTRES
No campo diplomático, o governo de Vladimir Putin não conseguiu atrair EUA, França e Alemanha, que não serão representados por seus presidentes no evento.
As ausências são um desagravo às violações de direitos humanos e à lei antigay aprovada por Putin em julho.
NA TV
Cerimônia de abertura
14h
Bandsports e SporTV
| Reprodução/Twitter |
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