Três dos sete premiados pela Fundação Laureus em sua cerimônia anual não estavam presentes no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, na segunda-feira.
As ausências foram creditadas em parte à distância do Brasil com a Europa, onde a cerimônia foi realizada dez vezes desde sua criação, em 2000. E também à data em que o evento ocorreu.
A Folha apurou que a intenção da Laureus era realizar a festa na primeira semana de fevereiro. Mas resolveu postergá-la para não coincidir com o Carnaval brasileiro.
Para a entidade, é mais fácil trazer astros se a solenidade ocorrer no início do ano. Atletas de esportes como atletismo, tênis e F-1 têm menos compromissos no período.
Vencedor da principal láurea da noite, a de melhor atleta de 2012, o velocista Usain Bolt se ausentou, mas gravou participação interativa, assim como Andy Murray, considerado a revelação do ano passado, e a equipe europeia da Ryder Cup.
Dos cinco concorrentes de Bolt, que levou o troféu pela terceira vez na carreira, apenas o nadador americano Michael Phelps viajou ao Rio. A história recente do prêmio mostra que há maior quórum quando realizado mais próximo do início do ano.
Os dois antecessores de Bolt, Novak Djokovic (melhor de 2011) e Rafael Nadal (2010), compareceram às respectivas entregas --em Londres e Abu Dhabi, ambas no início de fevereiro. Confirmado para ser realizado no Rio também em 2014, o Prêmio Laureus não tem data marcada.
"É sempre difícil confirmar atletas. Queríamos trazer jogadores da NBA, de tênis e pilotos, mas a data é assunto complicado", disse o presidente da fundação, Edwin Moses, à Folha.
O desejo do dirigente é manter uma parceria de longo prazo com o Rio, que receberá os Jogos Olímpicos de 2016. No entanto, ele ressalvou que outros fatores podem pesar para uma renovação.
"Já quisemos fazer acordo com cidades, mas a falta de hotéis ou ajuda do governo prejudicou. Não sei, no momento, se ficaremos no Rio até 2016".