Com a vinda para o Rio de Janeiro, o Prêmio Laureus manteve a intenção de se realizar em sedes de Jogos Olímpicos, mas também ganhou um problema.
A distância do Brasil para a Europa, continente que recebeu o evento dez vezes desde o ano 2000, dificultou as operações de logística. E isso se refletiu no número de astros presentes nas sete principais categorias de disputa.
A premiação ocorre nesta segunda-feira, no Theatro Municipal do Rio, com sérios desfalques na constelação.
Até domingo, o único concorrente ao prêmio de melhor atleta masculino de 2012 confirmado no Rio era o favorito Michael Phelps --os demais são Usain Bolt, Mo Farah, Lionel Messi, Sebastian Vettel e Bradley Wiggins.
A situação era quase idêntica entre as candidatas ao prêmio de melhor atleta mulher do ano passado. A heptatleta britânica Jessica Ennis e a velocista jamaicana Shelly-Ann Fraser-Pryce, campeãs olímpicas em Londres-2012, estavam presentes.
Além dela, Allyson Felix, Missy Franklin, Lindsey Vonn e Serena Williams também cobiçam o troféu.
"Vir ao Brasil tornou as operações um pouco mais difíceis", afirmou à Folha Edwin Moses, presidente da Fundação Laureus.
Funcionários do departamento de logística da entidade contatavam agentes de atletas para tentar trazer mais indicados à festa. As nomeações para concorrentes aos prêmios foram feitas em dezembro.
Segundo Moses, ausência ou comparecimento não influencia a escolha de um vencedor.
"Não nos influenciamos pela presença ou não de alguém. É sempre difícil trazer atletas para a premiação. Queríamos trazer jogadores da NBA, de tênis, pilotos de Fórmula 1. Temos até problema para definir a data da solenidade por causa disso", afirmou.
VÍNCULO
A fundação firmou contrato para o biênio 2013/2014 com a cidade do Rio de Janeiro para realizar sua cerimônia de premiação.
Apesar da pouca assiduidade nessa edição, Moses afirmou que a intenção é renovar o vínculo até 2016, quando ocorrerão os Jogos do Rio.
"Queremos parcerias de longo prazo. Realizamos o evento quatro vezes em Mônaco, duas vezes em Barcelona e duas vezes em Londres. Mas às vezes, por algum motivo, pode não dar certo", disse.
O jornalista Paulo Roberto Conde viaja a convite da Fundação Laureus