O escândalo sobre o atual secretário-geral Jérôme Valcke ter sido consultor do Brasil na escolha da sede da Copa do Mundo de 2014, apurado e publicado pela Folha na última quarta-feira repercutiu em diversos países.
- Número 2 da Fifa foi consultor do Brasil na candidatura para a Copa
- Não influenciei ninguém na Fifa, diz Valcke
A notícia foi destaque em jornais do Canadá, Estados Unidos, Suiça, Alemanha, Argentina, Eslováquia, entre outros.
O argentino "Clarín" divulgou uma matéria com o título "Outro escândalo para a Fifa", e publicou: "Segundo informou o jornal Folha de São Paulo, o número 2 da organização atuou como 'consultor' do comitê pela campanha da Confederação Brasileira de Futebol com o objetivo de conquistar a ambiciosa sede da Copa do Mundo".
O mesmo fez a revista mais famosa de esporte dos EUA, a "Sport Ilustrated". "O jornal brasileiro Folha de S. Paulo disse nesta quarta-feira que Valcke recebeu US$ 100.000 por lançar a candidatura do país, que na época era liderada pelo ex-chefe da federação de futebol brasileiro Ricardo Teixeira". Este trecho também foi destacado pela americana "Fox Sport", o portal e o jornal canadenses "Sportsnet" e "Times Colonist", respectivamente, e o californiano "San Francisco Chronicle", nos quais as matérias referenciam à Folha.
"De acordo com o jornal Folha de São Paulo, Valcke cobrou uma taxa de serviço no valor de US$100 mil", publicou o eslovaco Profutbal.
O Francês Le Matin destacou: "O jornal Folha de São Paulo, na quarta-feira, divulgou que, depois de deixar a Fifa por seis meses devido à negociação de um patrocínio polêmico com Visa e Mastercard, Valcke trabalhou por alguns meses com a campanha candidatura brasileira para a Copa do Mundo".
Nesta quinta-feira, a Folha publicou uma matéria com a resposta de Valcke sobre o assunto, e isso também foi divulgado pela imprensa internacional. O portal espanhol El Economista citou a resposta de Valcke em sua matéria sobre o assunto. "Não há conflito de interesse, eu não fiz nada de errado (...) Eu não tenho nada para justificar ", disse Valcke sobre o artigo publicado hoje pela Folha".