Em sua última eleição fechada --votam apenas 285 conselheiros--, o Palmeiras define nesta segunda-feira à noite quem será seu 35º presidente. Além de recolocar o time na elite do futebol brasileiro, Décio Perin, 72, ou Paulo Nobre, 44, terá de recuperar as finanças do clube e resgatar a autoestima do torcedor.
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Arnaldo Tirone deixa o cargo com uma dívida superior a R$ 230 milhões.
Tanto Perin quanto Nobre são candidatos de oposição e rejeitaram apoio explícito de Tirone, que desistiu da reeleição após cair para a Série B.
Perin tem o apoio dos ex- -presidentes Affonso Della Monica (2005 a 2008) e Luiz Gonzaga Belluzzo (2009 a 2010). Já Nobre conta os ex-cartolas Mustafá Contursi (1993 a 2004) e Carlos Facchina Nunes (1989 a 1992).
A divisão aponta para uma das eleições mais apertadas da história palmeirense. Nobre leva certo favoritismo porque é apoiado por Contursi, que reúne o maior grupo político do clube.
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Paulo Nobre (esq.) e Décio Perin são candidatos à presidência do Palmeiras |
Diante do histórico conturbado, repleto de fogo amigo, Perin e Nobre prometem acabar com o loteamento de cargos e profissionalizar o departamento de futebol.
Ambos querem usar o marketing para elevar o valor da marca Palmeiras e alavancar as receitas. Para isso, contarão com a nova arena, que será inaugurada neste ano e o centenário do clube em 2014.
O mais urgente, porém, é reforçar o elenco, que teve só dois reforços. Ficará para o futuro presidente resolver a possível contratação de Riquelme, que Tirone disse ter deixado encaminhada.
No sábado, cerca de 2.000 sócios aprovaram a eleição direta a partir de 2014 e a posse do presidente para dezembro, cinco dias após a última partida oficial.
Nesta segunda-feira, também serão eleitos os quatro vices e os 15 membros do Conselho de Orientação e Fiscalização.