As manifestações ocorridas desde junho em todo o Brasil foram o tema de redação mais citado pelos candidatos entrevistados ontem pela Folha.
"Foi um tema muito falado nesse ano", diz Bruna Silva, 16. Ela está fazendo o Enem na Uninove, em São Paulo.
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No grupo dos que apostam no tema está Daffany Pires, 17, que prestou Enem pela primeira vez este ano.
"É o que tem acontecido o tempo todo e tem muita participação de jovens."
Para a professora Maria Aparecida Custódio, que dá aula de redação no Objetivo, as manifestações devem ficar do lado de fora da prova: "É difícil que o Enem traga um tema que questione o papel do Estado e do governo", diz.
Ela aposta em temas voltados a outros assuntos nacionais e de grande relevância para os brasileiros.
Por exemplo, a questão da Amazônia e a proteção das florestas ou o preconceito no país.
Outras opções levantadas pelos candidatos entrevistados pela Folha foram a visita do papa ao Brasil, a primavera árabe, o casamento homoafetivo, a exploração do pré-sal, mobilidade urbana, a redução da maioridade penal e questões ambientais.
Em 2012, o tema da redação do Enem foi "A imigração para o Brasil no século 21" --proposta que surpreendeu muitos candidatos e professores.