Folha de S. Paulo


Suspeito de matar ex-colega de trabalho em usina se entrega à polícia

O ex-funcionário da usina São Martinho, em Pradópolis (a 320 km de São Paulo), suspeito de matar um ex-colega de trabalho, se entregou à polícia na manhã desta quinta-feira (13) em Sertãozinho (a 333 km de São Paulo).

A Justiça da cidade havia decretado prisão temporária de 30 dias contra Carlos Alberto Prata após pedido da polícia. Ele ficará detido na cadeia de Jaboticabal (a 342 km de São Paulo).

Segundo o delegado Targino Donizeti Osório, de Sertãozinho, Prata se apresentou à polícia acompanhado de um advogado. "Pedimos a prisão porque a polícia avaliou que outros funcionários da usina corriam riscos", disse.

O advogado do suspeito, Roberto Carósio, afirmou que Prata cometeu o crime porque estava descontrolado. Semanas antes do crime, o ex-funcionário foi diagnosticado com estresse agudo, segundo o advogado. Ele trabalhava há 29 anos na São Martinho.

De acordo com o delegado, Prata será ouvido pela polícia na próxima quarta-feira (19). Targino ainda afirmou que, informalmente, o acusado disse que "perdeu a cabeça" e ficou transtornado com a demissão.

CRIME

Prata estava foragido desde o dia do crime, no último dia 6. Segundo o advogado dele, nesse período ele ficou em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo).

O assassinato aconteceu dentro da usina, enquanto funcionários cumpriam expediente.

Segundo a polícia, Prata, que havia sido demitido em setembro, entrou na empresa normalmente, cumprimentou ex-colegas e foi até o departamento de recursos humanos, onde sacou duas armas, e atirou contra Dirceu Ramos Júnior, 35, que ocupava o cargo de diretor industrial da empresa.

A vítima chegou a ser socorrida, mas morreu no centro médico municipal.

O ex-funcionário estava armado de uma pistola calibre 380 e um revólver calibre 38.

Ele também atirou em outro trabalhador, mas o tiro atingiu a mão de raspão.

Dias antes do crime, na página de uma rede social de Prata, há imagens de armas de diferentes tipos e mensagens em que ele demonstrava ressentimento por um coordenador e diz que "o seu está guardado". No entanto, ele não citou nomes.


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