A Prefeitura de Porto Ferreira (a 228 km de São Paulo) exonerou do cargo a diretora e a supervisora da creche municipal onde uma monitora foi filmada agredindo crianças de até dois anos.
As exonerações foram feitas nesta sexta-feira (5) após duas funcionárias da creche terem denunciado uma suposta omissão.
Segundo elas, tanto a diretora quanto a supervisora já teriam sido avisadas sobre as agressões cometidas pela monitora e nada fizeram.
Além disso, de acordo com o governo, a exoneração aconteceu como forma de preservar a integridade das mulheres, devido à repercussão nacional do caso.
Em nota, a prefeitura informou que as servidoras são do quadro efetivo e retornarão aos seus cargos de origem. Os nomes não foram divulgados.
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O governo estuda ainda a instalação de um sistema de monitoramento de câmeras em todas as creches municipais para evitar novas agressões ou maus tratos.
A monitora teve a prisão temporária, de 30 dias, decretada pela Justiça nesta quinta-feira (4)..
Até a noite desta sexta, ela não foi encontrada pela polícia e é considerada foragida.
A mulher pode responder por maus-tratos, com pena de até um ano de prisão, e tortura –até oito anos.
As agressões foram filmada na tarde de terça-feira (2) por uma microcâmera instalada na mochila da filha de um ano e sete meses de Jucelaine Rodrigues, 33.
Ela disse que passou a desconfiar do comportamento da criança e questionou a monitora, que disse ser "norma para a idade".
Segundo ela, a criança viva assustada e no meio da noite, enquanto dormia, chegou a dizer: "não, titia".
O delegado Miguel Capobianco, que já ouviu o depoimento de seis pais e mães de alunos, investiga se outras crianças sofreram agressões.