Folha de S. Paulo


Sem negociação, servidores da UFSCar, em São Carlos, fazem paralisação

Dois meses após encerrar uma greve que durou 99 dias, os funcionários da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) em São Carlos (a 232 km de São Paulo) voltaram a parar as atividades nesta quarta-feira (27).

A greve foi encerrada no dia 24 de junho com a promessa de que a direção da universidade voltaria a negociar com os funcionários, o que não aconteceu, segundo Edgar Diagonel, coordenador-geral do SINTUFSCar (Sindicato dos Trabalhadores Técnicos-Administrativos da Universidade Federal de São Carlos).

A biblioteca do campus não foi aberta e não há garantias de que o restaurante abrirá no período da noite, de acordo com a assessoria da universidade. Nesta quinta-feira (28), todas as atividades devem ser retomadas normalmente, segundo Diagonel.

O coordenador-geral disse estimar que 40% a 50% dos 880 funcionários do campus tenham aderido à paralisação. "Não queremos voltar a greve. A paralisação de hoje foi apenas para que eles não se esqueçam que nós aguardamos uma negociação", disse Diagonel.

Entre as reivindicações dos funcionários está a implantação de jornada de 30 horas, aprimoramento da carreira, direito ao afastamento dos servidores para a realização de estudos de pós-graduação e a ampliação das creches universitárias.

Eles também pedem o adiantamento da última parcela do aumento salarial concedido em 2012. O aumento de 15% foi parcelado de 2013 a 2015. No entanto, os funcionários querem receber a última parcela já em 2014.

A UFSCar não se pronunciou sobre a negociação das reivindicações dos funcionários.


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