Folha de S. Paulo


Após ataques incendiários, 100% dos ônibus coletivos param de circular em Ribeirão

Os ônibus do transporte coletivo de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) pararam de circular na tarde deste sábado (31) após um dos veículos ser incendiado por moradores do bairro Branca Sales, na zona oeste da cidade. A informação foi confirmada pela prefeitura.

A ação criminosa ocorreu após um suspeito de praticar roubos no bairro Jardim Aliança, na zona sul, ser morto por policiais militares durante perseguição. Os populares se revoltaram e atearam fogo em ao menos outros três veículos.

Segundo fontes do setor de transportes, todos os veículos das quatro empresas do consórcio Pró-Urbano –Rápido D´Oeste, Turb, Transcorp e Sertran– foram recolhidos às garagens. As empresas prestam o serviço de transporte coletivo na cidade. A expectativa é de que o serviço seja retomado neste domingo (1).

Edson Silva/Folhapress
Ônibus do transporte coletivo de Ribeirão Preto ficou destruído após incêndio criminoso
Ônibus do transporte coletivo de Ribeirão Preto ficou destruído após incêndio criminoso

A assessoria do Pró-Urbano afirmou à Folha que, após o incêndio, os motoristas se recusaram a continuar no trabalho. O número de linhas paradas ainda não foi informado. Por dia, cerca de 120 mil pessoas usam o transporte coletivo na cidade. A frota no município é composta por 345 ônibus coletivos.

Antes da confirmação da prefeitura, José Mauro de Araújo, diretor de transporte da Transerp (Empresa de Trânsito e Transporte Urbano), afirmou que houve paralisações. "Estamos checando se realmente foi na cidade inteira", disse. Segundo ele, a suspensão total do serviço é uma "surpresa". Por mês, segundo a assessoria da Transerp, são 4,8 milhões de viagens de passageiros.

Na sexta-feira (30), o Seturp (Sindicato dos Empregados do Transporte Urbano de Ribeirão Preto) se reuniu com a Transerp e apresentou uma série de reivindicações, principalmente relacionadas à segurança dos motoristas.

No centro de Ribeirão, usuários do transporte coletivo reclamaram da demora dos ônibus. Eles não sabiam da suspensão do serviço por causa da ação criminosa. No local, não havia nenhum funcionário do Pró-Urbano ou Transerp com informações aos passageiros.


Endereço da página:

Links no texto: