A Polícia Civil de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) decidiu abrir um inquérito para investigar o surgimento de coquetéis molotov encontrados na Câmara.
A determinação do delegado seccional, Marcus Camargo de Lacerda, foi adotada nesta quarta-feira (16). A investigação ficará sob a responsabilidade da própria delegacia seccional.
Na noite da terça-feira (15) foram encontrados seis coquetéis molotov, rojões e bombas na área do estacionamento da Câmara.
No momento em que os artefatos foram encontrados por agentes da Guarda Municipal, era realizado um protesto no plenário da Câmara contra o aumento do salário dos vereadores.
Integrantes do Movimento Jovem Independente de Ribeirão, que convocou a manifestação, negaram ter levado o material.
A Polícia Civil informou que o material apreendido será analisado pelo Instituto de Criminalística. O laudo deverá determinar se os coquetéis molotov e as bombas possuem poder explosivo.
O presidente da Câmara, Walter Gomes (PR), afirmou que as câmeras de segurança da sede do Legislativo não registraram o momento em que o material foi deixado no local.
Segundo Gomes, as câmeras estão voltadas para o prédio e não focam a área do estacionamento.
Edson Silva - 15.abr.2014/Folhapress | ||
Guarda Civil de Ribeirão Preto apreendeu coquetéis molotov no lado de fora da Câmara, nesta terça |
SEGURANÇA
O vereador afirmou que, a partir da próxima terça-feira (22), a Câmara vai passar a tirar fotografia e registrar o número de documentos de identificação dos visitantes.
"É uma medida de segurança que vale para todos os munícipes", disse. Gomes afirmou que a inovação tem relação com os protestos. Este mês já ocorreram três manifestações contra o aumento de salário dos vereadores.
"As medidas serão tomadas de acordo com os acontecimentos. Achamos essas bombas e coquetéis, então temos que tomar outras medidas", disse. "O que acontecer na Câmara é responsabilidade do presidente."