Após a polêmica envolvendo a Prefeitura de Araraquara (273 km de São Paulo) e o sindicato dos servidores municipais sobre a devolução de livros didáticos ao Ministério da Educação, o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), ligado ao ministério, afirmou nesta terça-feira (11) que o envio dos livros ao município foi um "equívoco".
De acordo com a assessoria do FNDE, os livros deveriam ser incorporados à reserva técnica nacional mas, foram enviados ao município. Detectado o problema, o fundo solicitou aos Correios a retirada dos livros das escolas. Segundo a assessoria, os livros serão destinados a outras escolas por solicitação das redes, no caso de falta de livros.
De acordo com o sindicato dos servidores públicos municipais de Araraquara, são 16 mil livros. A rede municipal de educação da cidade usa, desde 2011, o método de ensino do Sesi (Serviço Social da Indústria), e por isso, não há, de acordo com o município, a necessidade de se usar o material do governo federal.
A direção do sindicato protocolou uma denúncia no Ministério Público Federal para investigar a devolução dos exemplares. De acordo com o FNDE, Araraquara suspendeu a entrega de livros do governo federal desde 2012.
A Procuradoria de Araraquara afirmou que foi aberto um procedimento preliminar de investigação, mas que ainda não foi instaurado inquérito.
No sábado (8), a prefeitura afirmou que recebeu um ofício da Procuradoria solicitando informações sobre o caso e que está respondendo os questionamentos.