A Polícia Civil de Araraquara (273 km de São Paulo) prendeu na tarde desta segunda-feira (10) o padrasto da vendedora Vanessa Angelo Teixeira de Oliveira, 21, encontrada morta em um canavial na quinta-feira (6).
Segundo a polícia, Elton Renato Nunes Francisco, 34, é o principal suspeito do crime. O corpo da vítima foi encontrado com marcas de violência no corpo após o desaparecimento, na quarta-feira (5).
Após o crime, Francisco fugiu e desde então a polícia trabalhava como sendo ele o principal suspeito. Ele foi encontrado na casa de um parente, no Jardim Cecap, em Araraquara.
De acordo com o delegado que investiga o crime, Fernando Texeira Bravo, Francisco teria confessado o crime e alegado ter sido motivado por uma depressão.
Segundo Bravo, Francisco disse ter ido buscar Vanessa na saída do trabalho em um shopping na quarta-feira à noite, como fazia todos os dias. Na sequência, seguiu com ela para a zona rural da cidade.
O padrasto teria relatado à polícia que estacionou em um canavial e tentou se matar, no entanto, foi impedido por Vanessa.
"Ele disse que Vanessa segurou seu no braço para impedi-lo. Foi quando ele partiu para cima dela", disse Bravo. Vanessa foi morta com golpes de canivete.
A polícia encontrou o carro de Francisco abandonado, próximo ao local onde o corpo foi abandonado, na sexta-feira (7). A perícia detectou marcas de sangues no veículo.
Vanessa foi encontrada com a calça abaixada até os joelhos. De acordo com Bravo, Francisco negou qualquer violência sexual. A polícia solicitou exames que possam comprovar se houve a violência sexual ou não.
Bravo acredita que o crime tenha sido premeditado, já que Francisco saiu de casa na quarta-feira avisando a mulher de que a família vivenciaria uma grande decepção e carregava o canivete.
Francisco foi encaminhado à Cadeia de Jaboticabal e está com a prisão temporária decretada desde o fim de semana.
A polícia tem 30 dias para concluir o inquérito e aguarda agora o resultado dos exames de corpo de delito da vítima e do suspeito.
Francisco será indiciado por homicídio duplamente qualificado, segundo o delegado.