Alunos da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) se mobilizaram para realizar um ato contra a morte do estudante de educação física Sérgio Gonçalves Lima, 22, encontrado morto com sinais de espancamento no último domingo (23) em São Carlos (232 km de São Paulo).
A passeata, que deve ocorrer nesta quinta-feira (27), foi marcada por uma rede social como "Ato em repúdio à Barbárie". Até as 20h desta terça-feira (25), 780 pessoas haviam confirmado participação no protesto.
"Nosso ato é para pedir mais segurança na cidade. Além de pedir agilidade e justiça na investigação do caso. A morte dele não pode ficar impune", disse um dos organizadores, que pediu para não ser identificado por medo de represálias.
Segundo a polícia, Lima foi morto por espancamento na madrugada de domingo (23). De acordo com depoimentos, ele foi expulso de uma festa de formatura após se desentender com um casal.
Amigos do jovem disseram que ele foi retirado do local por seguranças e depois não foi mais visto.
O corpo de Lima foi encontrado em uma estrada de terra a 250 metros do local da festa. De acordo com exame preliminar dos peritos, o estudante sofreu traumatismo craniano, hemorragia interna e estava com diversos ferimentos na cabeça e no tórax.
No protesto desta quinta, os alunos sairão da universidade e seguirão até a DIG (Delegacia de Investigações Gerais), responsável pela apuração do caso.
Nesta terça-feira, o delegado Gilberto de Aquino ouviu o proprietário do salão e estudantes que estavam na festa. Os seguranças do evento, principais suspeitos da morte de Lima, ainda não foram ouvidos pela polícia.
Uma equipe da polícia esteve no salão de festas e deve realizar novas visitas ao local e na estrada onde o estudante foi encontrado.
Aquino disse acreditar que o estudante foi espancado e teve o corpo jogado na estrada. A polícia quer identificar onde as agressões ocorreram.