A enquete on-line da prefeitura sobre em quais ruas de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) haverá restrição a estacionamento não é uma forma de dividir o desgaste político da medida com a população, mas sim de "construir projetos em parceria".
É o que diz nota enviada pela administração Dárcy Vera (PSD) nesta terça-feira (3). O texto é uma resposta à crítica do professor da USP de São Carlos, José Bernardes Felex, especialista em trânsito e transporte, publicada pela Folha nesta terça.
Para Felex, submeter à opinião pública a decisão sobre quais áreas terão vagas de estacionamento restringidas seria uma forma de a prefeitura dividir com a população o peso da medida, que pode ser considerada impopular entre os moradores.
"Não se trata de dividir o ônus, mas de construir projetos em parceria com a população que vive o dia a dia do município", diz a nota da prefeitura. "Os moradores têm de ser ouvidos e é isso que a Prefeitura de Ribeirão Preto está fazendo".
A prefeitura pretende que a abertura de mais espaço nas vias aumente a velocidade dos ônibus, diminuindo o tempo das viagens e aumentando o número de passageiros transportados num mesmo período.
A enquete lista 13 locais que poderão sofrer a restrição, todos indicados por estudo técnico da Transerp (gestor municipal de trânsito e transporte).