Um projeto de lei, que prevê a consulta dos servidores antes de qualquer alteração no regime de trabalho, deve ser apresentado na sessão desta terça-feira (3) na Câmara de Araraquara (273 km de São Paulo) como forma de acalmar a base aliada ao prefeito Marcelo Barbieri.
A discussão proposta pelo Executivo de alterar o regime de trabalho dos servidores --hoje contratados pela CLT-- para a forma estatutária, gerou polêmica na Câmara e foi o estopim para a saída de quatro vereadores da base de apoio entre eles, o presidente da Câmara João Farias (PRB).
Com as saídas, Barbieri passa a ter apoio de 11 do total de 18 vereadores da Casa --além dos quatro dissidentes, outros três do PT são da bancada da oposição.
Dez dos 11 vereadores da situação reuniram-se nesta segunda (2) com Barbieri. Na reunião, ficou definido que entra nesta terça na pauta da Câmara o projeto de lei, assinado pela base, que propõe que qualquer mudança no regime de trabalho dos servidores precisa primeiro passar por ampla consulta da categoria.
A vereadora Edna Martins (PV), uma das autoras do projeto, admite que a situação está tensa na Casa. "A reunião era para avaliar essa crise e contorná-la da melhor forma possível".
Médico, o vereador Luis Claudio Lapena Barreto (PSDB) disse que não compareceu à reunião porque tinha um compromisso com um paciente, mas que, apesar de apoiar o prefeito, continuará a "manter independência" em suas decisões na Câmara.
Segundo a prefeitura, a mudança do regime de trabalho foi proposta depois de uma decisão judicial que impede o pagamento de um complemento no salário dos que se aposentaram a partir de agosto de 2012.