Folha de S. Paulo


Greve de estudantes de medicina da UFSCar pode durar mais 30 dias

A paralisação dos estudantes do curso de medicina da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) deve se arrastar por pelo menos mais um mês. A informação é de um dos líderes do movimento, Yuri Zillig.

Ele disse que os alunos seguem aguardando a oficialização do acordo entre a instituição e a prefeitura, que vai regulamentar a disponibilização de médicos da rede de saúde para atuar como preceptores --que atendem pacientes enquanto também orientam universitários.

Em nota, a UFSCar cobra agilidade. "A universidade depende de a prefeitura submeter à Câmara o projeto de lei para regularizar as atividades de preceptoria", disse a instituição de ensino.

Zillig afirmou que os estudantes só retornarão efetivamente aos estudos quando os médicos já estiverem recebendo, de fato, os alunos.

"Depois de encaminhar o projeto, a UFSCar ainda precisa lançar o edital para que os profissionais se inscrevam. E tudo isso demanda um tempo ainda, uns 30 dias mais ou menos", disse Zillig.

A greve dos estudantes começou no dia 15 de março e completa 40 dias hoje. O protesto reivindica que a UFSCar e a prefeitura entrem num acordo para as aulas práticas, realizadas na rede municipal de saúde.

"Apesar de a administração [da universidade] ter reiterado algumas vezes a urgência da questão, até a data de hoje [23] ainda não foi protocolada junto à Câmara a documentação referente à matéria", afirmou a nota da instituição de ensino.

A assessoria de imprensa da prefeitura informou que o projeto está sendo elaborado pelo departamento jurídico do município e a demora se deve a adequação do plano de carreira dos médicos.

Ainda segundo o município, o convênio precisa ser formalizado agora para não implicar em irregularidades no futuro.

O projeto de lei deve ser protocolado em regime de urgência até a próxima terça-feira na Câmara, de acordo com a administração.


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