Folha de S. Paulo


Médico que fez lipo em jovem que teve morte cerebral diz que caso é 'fatalidade'

O médico Vicente de Paula Ciarrochi Junior, que realizou a lipoaspiração e a abdominoplastia em Nayara Cristina Patracão, 24, afirmou nesta terça-feira não saber o que ocorreu, de fato, com a jovem.

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"A cirurgia corria normalmente e já durava quatro horas quando houve uma parada [cardíaca] súbita. Conseguimos trazê-la de volta e pedimos transferência para São Carlos. Suspeitávamos de uma embolia pulmonar, mas não se confirmou. Não sabemos o que houve. Foi uma fatalidade."

Ele refutou ainda a possibilidade de erro médico ou de falta de estrutura na Santa Casa de Descalvado para a realização das cirurgias.

"Foi tudo feito dentro das normas [médicas], dentro do que é necessário para fazer os procedimentos."

Ciarrochi Junior disse também que é médico há 27 anos, 20 trabalhando apenas como cirurgião plástico. Em Descalvado, afirma, ele realizou mais de 350 procedimentos cirúrgicos em pouco mais de dez anos.

"Fiz [cirurgias] na minha mulher, na minha cunhada, filha, mãe. No mesmo local [Santa Casa de Descalvado], e às vezes até na mesma sala [onde Nayara foi atendida]. É tudo muito seguro, com estrutura, equipe, profissionais. Foi uma fatalidade mesmo", afirmou.

O cirurgião plástico disse ainda que tenta entender o que aconteceu durante o procedimento cirúrgico de Nayara.

"Não consigo saber o que aconteceu até agora."

Arquivo pessoal
Manicure Nayara Cristina Patracão, 24, que teve morte cerebral constatada após lipoaspiração no interior de SP
Manicure Nayara Cristina Patracão, 24, que teve morte cerebral constatada após lipoaspiração no interior de SP

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