Folha de S. Paulo


1° dia do verão em SP será abafado, com máxima de 31°C e chuva à tarde

Danilo Verpa-12.set.2016/Folhapress
Pedestre na avenida Sumaré em dia de forte calor na cidade de São Paulo durante a primavera
Pedestre na avenida Sumaré em dia de forte calor na cidade de São Paulo durante a primavera

O primeiro dia do verão em São Paulo será típico, com tempo abafado e temperatura máxima em torno de 31°C, com possibilidade de pancadas de chuva entre o final da tarde e início da noite.

O verão, que se estende pelos meses de janeiro, fevereiro e termina em meados de março, começa às 8h44 desta quarta-feira (21). A estação termina às 7h29 do dia 20 de março, quando o outono chega e, com ele, a redução das chuvas, das temperaturas e da umidade relativa do ar.

Com os dias mais longos que as noites, o verão recebe maior quantidade de radiação solar nesse período e, com isso, favorece o aumento das temperaturas, da precipitação, da umidade relativa do ar e da nebulosidade. Contudo, o verão 2016-2017 será menos quente e com mais chuvas.

A tendência, segundo os meteorologistas, é que a estação tenha temperaturas próximas da média, podendo ficar ligeiramente acima, especialmente as mínimas, do centro para o norte do Estado.

Verão - Variação das temperaturas e das chuvas médias para São Paulo (1943-2015)

"Especialmente para a Grande São Paulo é esperado um aumento significativo nas temperaturas, favorecendo os temporais no final das tardes, geralmente associados com o calor e a chegada da brisa marítima. As instabilidades da estação também podem estar associadas à passagem de sistemas frontais e à formação do sistema meteorológico conhecido por Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), cuja principal característica é a ocorrência de chuvas por vários dias, resultando em alagamentos e deslizamentos de terra", afirma Michael Pantera, meteorologista do CGE.

No verão, as temperaturas são as mais altas, principalmente as mínimas, o que provoca menor amplitude térmicas diária (diferença entre máxima e a mínima de um mesmo dia). Com isso, a sensação de abafamento é ainda maior nessa época do ano, devido à baixa umidade do ar.

A mudança brusca na temperatura aliada à baixa umidade do ar prejudica o sistema imunológico, o que favorece o surgimento de problemas respiratórios e cardíacos, além de ligeiros desconfortos, como o ressecamento da pele.

De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), órgão oficial, este verão terá regime de chuva próximo da média na maioria das regiões de São Paulo, devendo ficar acima da média no oeste e noroeste do Estado. Nesta estação do ano é bastante frequente a ocorrência das conhecidas "pancadas de chuva de verão", predominantemente no período da tarde, em geral de curta duração, muitas vezes de forte intensidade e associadas às descargas elétricas e rajadas de vento.

Algumas vezes, esses eventos podem ser acompanhados por queda de granizo, além de haver o risco ocasional de transbordamento de rios, alagamentos e deslizamentos de terra em áreas de encosta.

PRIMAVERA

A estação começa depois de uma primavera com índices pluviométricos, temperaturas e taxas de umidade relativa do ar dentro do esperado. De acordo com os meteorologistas do Inmet, a passagem de massas de ar frio provocou brusca queda na temperatura ao longo da estação, principalmente se comparado ao ano anterior.

O acumulado total de chuvas da primavera na cidade de São Paulo ficou de 413,1 mm, dentro da normalidade –a média histórica é de 441 mm. A primavera com maior volume de chuva foi registrada em 1965 (669,4 mm).

Em relação às temperaturas, tanto as máximas como as mínimas, ficaram próximas da média histórica, mas muito mais frias que as primaveras dos últimos dois anos. Em média, a mínima foi de 16,3°C, e, a máxima, de 26,5°C –em 2015, foi de 18,6°C e 28°C, respectivamente.


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