Folha de S. Paulo


Alcides Felisbino Domingues (1948-2016)

Mortes: Um vendedor sempre cheio de carisma e amigos

Arquivo Pessoal
Alcides Domingues ao lado dos filhos Marcelo (dir.), Juliana e Rafael e da mulher, Maria Valdelúcia
Alcides Domingues ao lado dos filhos Marcelo (dir.), Juliana e Rafael e da mulher, Maria Valdelúcia

Alcides Felisbino Domingues foi o terceiro filho de dona Teodora a nascer e o terceiro a deixá-la, quando morreu prestes a fazer 68 anos.

Paranaense, ele fazia amigos por onde passava e era comum receber apelidos. O adorno que ostentava no rosto desde a década de 1970 lhe rendeu os nomes mais característicos: Ratinho, Tio Bigas, Bigode... Na única vez que usou a navalha, fez a filha, ainda pequena, chorar porque não reconhecia o pai.

Formou-se em administração de empresas, mas fez de seu primeiro ofício, o de vendedor, a profissão de sua vida. Chegou a ser escolhido o melhor vendedor em mais de uma empresa, ganhando prêmios e menções honrosas. Ensinou o trabalho ao irmão mais novo e era motivo de orgulho para toda a família.

Sua maior satisfação, porém, era ver a realização dos três filhos, Marcelo, Rafael e Juliana. O primeiro herdou seu jeito e o segundo, a fisionomia. A filha era a "princesa".

Pouco tempo antes de fazer a cirurgia da qual não voltaria mais, declarou-se à mulher, Maria Valdelucia: "te amo... De verdade!". Ela retribuiu com as mesmas palavras, e assim deu-se a despedida depois de mais de 40 anos de companheirismo.

Era torcedor do Santos e louco por festas. De todos os tipos de festas. Não importava se era roda de samba ou reunião de punks, uma cervejada ou um chá de cozinha, ele sempre era o último a sair. Os irmãos, sobrinhos, cunhados, amigos, nora e filhos prometem manter a tradição.

Morreu no dia 27, aos 67. A missa de sétimo dia foi na última sexta-feira (3), dia em que faria aniversário.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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