Folha de S. Paulo


Cetesb diz que vazamento de petróleo na Baixada está controlado

O vazamento de petróleo do Terminal Terrestre da Transpetro, que atingiu o rio Cubatão, na noite de terça (22), não causou maiores danos ambientais, segundo a Cetesb. O problema chegou à margem do rio, atingindo parcialmente a vegetação, mas não adentrou o manguezal. A limpeza segue sendo feita por 150 técnicos só da empresa.

As seis barreiras de contenção e de absorção, colocadas no começo dos trabalhos, evitaram que o produto se alastrasse. A Cetesb calcula uma área afetada de aproximadamente 5 quilômetros.

"Nas margens do rio sempre há alguns resquícios. Temos um trabalho de limpeza em execução, se trata de um brilho, com o aspecto de sabão, que precisa ser limpo da vegetação com a movimentação da maré. No restante, vai se agregando nos aparelhos de absorção colocados", disse Pedro Paulo Chagas Marinho, engenheiro da Cetesb.

De acordo com Marinho, o problema seguirá monitorado 24 horas por equipes. Desde quarta (23), funcionários municipais, além de uma comissão da Defesa Civil, também trabalham no caso.

Já o Ibama disse que ainda é cedo para conclusões. "Houve derramamento de óleo e, pelo que verificamos, não chegou no mangue e não foi visto nenhum animal morto, mas preferimos aguardar...Mas qualquer derramamento de um produto desses tem um impacto, mesmo que não seja significativo. O relatório final só sairá quando finalizados os trabalhos", afirmou Fernanda Pirillo, coordenadora-geral de emergências ambientais do Ibama.

A Cetesb segue realizando vistorias de barco nas proximidades do local até a foz do rio e não constatou mortandade de peixes. Ainda nesta quinta (24), novas coletas serão feitas para análise da qualidade da água.

Durante a manhã, a Transpetro afirmou que os trabalhos estão em fase final, restando a retirada dos resíduos, e que também não houve mortandade de peixes. De acordo com a empresa, 970 litros do produto foram derramados.

A Sabesp, estatal responsável pelo fornecimento de água no Estado, diz que a estação de tratamento na Baixada Santista opera normalmente depois da redução temporária, que afetou o abastecimento e causou a redução de pressão nas torneiras.

A Cetesb diz que ainda avaliará penalidades cabíveis à empresa por conta do acidente, mas que isso só ocorrerá após a conclusão dos trabalhos emergenciais.


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