Folha de S. Paulo


México tem 80 pessoas contaminadas com zika, seis são grávidas

O governo mexicano informou nesta terça-feira (16) que 80 pessoas foram contaminadas com o vírus da zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, entre elas seis mulheres grávidas.

O vírus da zika mantém em alerta vários países da América Latina em virtude da suspeita de que esteja por trás dos casos de microcefalia (má formação no cérebro de bebês) em recém-nascidos devido ao contágio de suas mães durante a gravidez.

Zika pelo mundo

Dos 80 casos registrados no México, 45 estão no Estado de Chiapas, dos quais quatro são mulheres grávidas, disse a secretaria de Saúde em seu relatório semanal sobre o vírus. As outras duas mulheres doentes com zika vivem nos Estados de Oaxaca (sul) e Veracruz (leste).

A média anual no México de recém-nascidos com microcefalia é de 600 casos, um número que não variou desde que o vírus da zika surgiu na América Latina, segundo as autoridades.

Vírus da zika

Na semana passada, o diretor-geral do Organismo Internacional de Energia Atômica (OIEA), Yukiya Amano, disse à imprensa que se uniria ao governo do México para testar um método baseado na radiação nuclear para esterilizar o mosquito macho do Aedes aegypti, que também é o vetor da dengue, da chikungunya e da febre amarela.

No Brasil, com a ajuda da energia nuclear, cientistas do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, da Fiocruz em Pernambuco e da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) estão esterilizando mosquitos machos do Aedes aegypti. O objetivo da nova estratégia, ainda em fase de testes, é diminuir a população desses mosquitos. Ao todo, 36 mil insetos estéreis foram soltos, na vila da Praia da Conceição, em Fernando de Noronha (PE).

Produzidos no insetário da Fiocruz-PE, os mosquitos são submetidos à radiação gama, cuja fonte radioativa é o Cobalto 60, quando ainda estão na fase de pupa (última etapa antes da fase adulta ou alada).

Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti


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