Folha de S. Paulo


Paciente contrai HIV após transfusão com sangue contaminado no RS

Um paciente foi infectado pelo vírus da Aids após receber, por engano, sangue contaminado durante uma cirurgia em Erechim, a 370 quilômetros de Porto Alegre. A cirurgia ocorreu em novembro, no hospital Santa Terezinha de Erechim.

O juiz Alexandre Kotlinsky Renner determinou que a vigilância sanitária estadual inspecione o banco de sangue do município em até 15 dias, a fim de verificar se "possui plenas condições de exercer as suas atividades". O banco é administrado pela Associação Beneficente dos Receptores de Sangue de Erechim, que possui convênio com a prefeitura.

O Ministério Público do Rio Grande do Sul havia pedido o fechamento da associação, em ação ajuizada na última semana. A interdição foi negada por Renner, afirmando que a entidade é a única prestadora de serviços de coleta, armazenamento e aplicação de sangue em Erechin e região.

Segundo ele, o ocorrido é pontual, "não servindo a evidenciar, por si só, a má prestação da atividade e/ou o risco de lesão grave ou de difícil reparação", afirma, e diz que a associação "vem prestando seus serviços de forma regular há vários anos, sem intercorrências e com inequívoco reconhecimento da comunidade".

O hospital Santa Terezinha de Erechim informou, via assessoria de imprensa, que o hospital presta todo o suporte ao paciente.

Em nota, a Associação Beneficente dos Receptadores de Sangue de Erechim chamou o episódio de lamentável e disse trabalhar junto às autoridades de saúde do município para minimizar os danos. A entidade afirmou que é um evento isolado e que atende com qualidade 32 municípios há 27 anos.


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