Folha de S. Paulo


Servidores em greve ocupam praça em frente à Prefeitura de Ribeirão Preto

No sétimo dia de greve, os servidores municipais de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) ocupam a praça em frente ao Palácio do Rio Branco, sede da prefeitura, na manhã desta segunda-feira (30). As escadarias do prédio também são alvo de protesto e bandeiras foram penduradas na fachada da prefeitura.

De acordo com Valdir Avelino, diretor do Sindicato dos Servidores Municipais, pelo menos 2.500 servidores passaram pelo local e assinaram os livros-ponto, para registrar presença. A Polícia Militar faz o bloqueio da rua São Sebastião, em frente à prefeitura. Mais cedo, ruas próximas ao palácio tiveram o trânsito prejudicado, em decorrência da manifestação.

Nem a prefeita Dárcy Vera (PSD) nem os secretários municipais chegaram para trabalhar na prefeitura durante a manhã, o que foi alvo de críticas do presidente do sindicato, Wagner Rodrigues.

Gabriela Yamada/Folhapress
Servidores em frente ao Palácio do Rio Branco, sede da Prefeitura de Ribeirão Preto
Servidores em frente ao Palácio do Rio Branco, sede da Prefeitura de Ribeirão Preto

"Agora são 10h20 e até o momento, ninguém chegou para trabalhar. Eu acho que a prefeita também está em greve", ironizou Rodrigues durante discurso aos funcionários.

Os serviços à população continuam prejudicados, como as aulas nas escolas municipais, os atendimentos nos postos de saúde, na Secretaria da Fazenda e na Fiscalização Geral, além do Daerp (Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto).

Na autarquia, embora a Justiça tenha determinado que os portões fiquem abertos, nenhum servidor entrou para trabalhar nesta segunda, segundo o sindicato.

Os manifestantes preveem permanecer no local até as 18h, quando haverá uma assembleia. Às 14h, está marcada uma reunião entre vereadores, sindicato e representantes da prefeitura, para discutir as reivindicações.

GREVE EM FRANCA

Nesta segunda, servidores de Franca (a 400 km de São Paulo) também entraram em greve, após o reajuste salarial de 7,68% aprovado pela Câmara no último dia 24.

O aumento foi aprovado, de acordo com os grevistas, sem que o prefeito Alexandre Ferreira (PSDB) tenha negociado com o sindicato, que reivindica alta de 15%.

A entidade impetrou com um mandado de segurança na Justiça para tentar derrubar a lei aprovada.

Durante a manhã, cerca de 500 servidores fizeram um protesto em frente à prefeitura, e dizem que devem permanecer no ato até o final da tarde. De acordo com o sindicato, apenas os serviços essenciais funcionarão no município durante a paralisação.


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