Folha de S. Paulo


Grupo fecha pista da Paulista em ato contra a crise hídrica; dois são detidos

Um grupo de manifestantes tentou fechar a avenida Paulista, no centro de São Paulo, na noite desta quarta-feira (11), durante um ato contra a crise hídrica que atinge a região metropolitana. A Polícia Militar usou golpes de cassetete para impedir a interrupção da via. Duas pessoas foram detidas e ao menos três ficaram feridas.

O grupo de cerca de 150 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, se concentrava desde as 17h no vão livre do Masp e tentou fechar a pista sentido Consolação da Paulista por volta das 19h.

O bloqueio, porém, durou apenas em torno de 15 minutos, até que a polícia conseguisse fazer os manifestantes retornarem ao vão livre. Homens do Batalhão do Choque caminharam em direção aos manifestantes, que recuaram novamente ao vão livre do Masp.

Alguns minutos depois, a via voltou a ser fechada no sentido Consolação. Por volta das 19h40, o bloqueio era total no sentido Paraíso, na frente do Masp.

A PM já tinha cercado os manifestantes no vão livre do Masp antes da invasão à avenida alegando que um líder do movimento precisava assumir as negociações para a saída em passeata.

"É uma via estratégica, corredor de muitos hospitais, e nas obras da ciclovia há muito material que pode ser perigoso se usado de forma errada", afirmou um dos PMs.

Antes mesmo da PM impedir o bloqueio da Paulista, os manifestantes já reclamavam da atitude da polícia. O estudante de biologia Luis Cavalaro, 18, diz que ao chegar foi intimidado pela PM. "Quando cheguei já me puxaram pediram meus dados, e me disseram que se alguma coisa acontecer serei o responsável".

Os manifestantes carregam faixas sobre a crise e culpando o governador Geraldo Alckmin (PSDB) pela situação.

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