Uma quadrilha que trazia toneladas de cocaína do Peru e da Bolívia e as exportava para a Europa foi presa nesta terça-feira (2) em uma operação da Polícia Federal realizada em seis Estados: São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia.
No total, a PF pediu a prisão de 13 pessoas –apenas um doleiro que atua em Umuarama (PR) continuava foragido no início da tarde.
Segundo os investigadores, os suspeitos, cujos nomes não foram divulgados, tinham um "estilo de vida suntuoso". A quadrilha atuava havia pelo menos três anos, de acordo com a PF.
Também foram apreendidos bens, entre eles uma lancha, um jet ski, dois aviões, 3.500 cabeças de gado e um helicóptero.
Os líderes do grupo viviam em Londrina e Umuarama, no norte do Paraná. Tinham fazendas e apartamentos de luxo na região, e atuavam como pecuaristas.
Boa parte dos rendimentos, porém, eram de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas, ainda de acordo com a PF.
Após ser adquirida pelo grupo no Peru e na Bolívia, a droga era enviada para a Europa camuflada em casas de madeira pré-fabricadas, exportadas em contêineres por Porto Velho (RO).
Em seguida, o dinheiro era entregue a operadores de câmbio de São Paulo e Umuarama (PR), que faziam a lavagem.
Os valores eram transformados em reais e aplicados principalmente em imóveis, cabeças de gado e aeronaves.
O patrimônio da quadrilha hoje é de cerca de R$ 60 milhões, segundo a PF.